Prevenção do alcoolismo III

O alcoolismo :

Introdução


O álcool é uma substância que acompanha a humanidade desde seus primórdios e sempre ocupou um local privilegiado em todas as culturas, como elemento fundamental nos rituais religiosos, fonte de água não contaminada ou ainda presença constante nos momentos de comemoração e de confraternização, quando se brinda a todos e a tudo.

Através da história, o álcool tem tido múltiplas funções, actuando como veículo de remédios, perfumes e poções mágicas e, principalmente, sendo o componente essencial de bebidas que acompanham os ritos de alimentação dos povos. Faz parte do hábito diário de famílias em todo o mundo, servindo de alimento e de laço de comunhão entre as pessoas.
 
O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas, e todas as consequências decorrentes. O alcoolismo é um conjunto de diagnósticos.


O alcoolismo :

O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas, e todas as consequências decorrentes. O alcoolismo é um conjunto de diagnósticos.

Dentro do alcoolismo existe a dependência, a abstinência, o abuso (uso excessivo, porém não continuado), intoxicação por álcool (embriaguez). Síndromes amnéstica (perdas restritas de memória), demencial, alucinatória, delirante, de humor. Distúrbios de ansiedade, sexuais, do sono e distúrbios inespecíficos. Por fim o dellirium tremens, que pode ser fatal.
 

O stresse e o alccolismo

O stresse não determina o alcoolismo, mas estudos mostraram que pessoas submetidas a situações stressantes para as quais não encontra alternativa, tornam-se mais frequêntemente alcoólatras. O álcool possui efeito relaxante e tranqüilizante semelhante ao dos ansiolíticos. O problema é que o álcool tem muito mais efeitos colaterais que os ansiolíticos. Numa situação dessas o uso de ansiolíticos poderia prevenir o surgimento de alcoolismo. Na verdade o que se encontra é a vontade de abolir as preocupações com a embriaguez e isso os ansiolíticos não proporcionam, ou o fazem em doses que levariam ao sono. O homem quando submetido a estresse tende a procurar não a tranqüilidade, mas o prazer. Daí que a vida sexualmente promíscua muitas vezes é acompanhada de abuso de álcool e drogas. O fato de uma pessoa não encontrar uma solução para seu stresse não significa que a solução não exista.


As quatro fases do alcoolismo são:
       
  Fase 1 : (Fase social, sem dependência física, apenas dependência Emocional). Inicia-se na primeira vez que se bebe (lembrando-se que dois fatores são fundamentais: Predisposição Orgânica e Benefícios, do contrário, a doença não se desenvolve). O primeiro sintoma é a dependência Emocional. O desenvolvimento emocional pára e a pessoa torna-se pouco tolerante. Como geralmente isso acontece na infância ou na adolescência, a mudança emocional geralmente não é percebida, pois confunde-se com malcriação, infantilidade ou temperamento forte. A partir daí, a doença desenvolve-se mais ou menos devagar, dependendo da predisposição orgânica. Bebe-se pouco e socialmente, não há perdas em virtude do uso. Não há problemas físicos.

Fase 2: (Fase social, sem dependência física, apenas dependência emocional). O organismo modifica-se: tem-se a tolerância aumentada (bebe-se mais que na fase 1) . Não há problemas em conseqüência da ingestão de álcool. Não há problemas físicos. Não há dependência física, apenas emocional.
        
 Fase 3: (Fase problemática, com dependência física e emocional). Bebe-se muito (altíssima tolerância).O beber torna-se um problema. Muitos problemas emocionais, ressacas constantes, problemas em decorrência da bebida , problemas familiares, problemas de relacionamento. Há o inicio da síndrome de abstinência, começam as tentativas de "paradas estratégicas", pode-se haver internações. Há boas expectativas de recuperação física.
        
 Fase 4: (Fase problemática, com dependência física e emocional). Bebe-se muito pouco, menos que na fase 1. Inicia-se a atrofia do cérebro. Pode-se ter delírios. Pode-se ter as mãos trêmulas por períodos excessivamente longos. Problemas físicos e emocionais extremos. Pode-se ter Esquizofrenia. Muitas vezes confunde-se com PMD (psicose maníaco-depressiva). Há poucas expectativas de recuperação física. Perdas extremas.


Abuso do álcool
Abuso é para um homem adulto consumir diariamente mais de 24 gramas de álcool, o que equivale a 250 ml de vinho ou 3 copos de cerveja. Uma mulher adulta não deve ultrapassar os 16 gramas, o que equivale a 170 ml de vinho ou 2 copos de cerveja. Os menores e as grávidas não devem consumir qualquer quantidade de álcool — cálculo do álcool que uma bebida contém e da taxa de alcoolemia produzida pela sua ingestão.
Estas recomendações fazem-se partindo do pressuposto que nos dias em causa não se consomem bebidas destiladas (por exemplo, aguardente, conhaque ou uísque).
Ultrapassar ligeiramente os valores atrás referidos (por exemplo, consumir 300 ml de vinho por dia) já é prejudicial para a saúde mas, como todos sabemos, não chega para embriagar. A embriaguez só sobrevém quando os consumos ultrapassam os 0,75 ou mesmo 1 litro de vinho (neste caso, um homem adulto geralmente só revela diminuição dos reflexos e maior desinibição).

Efeitos prejudiciais do abuso do álcool
Para além da embriaguez, são várias as consequências individuais e sociais.
Ou seja, o abuso do álcool é responsável por muitos óbitos e incapacidades (devido aos acidentes e doenças que provoca), falta de produtividade no trabalho e violência familiar e criminal! Isto, aliado ao facto de provocar grave dependência física e psíquica e ser das poucas substâncias que causam lesões físicas irreversíveis, faz do álcool uma das drogas mais "duras" de sempre.

Aluna: Soraia Ferreira